A cidade do Rio de Janeiro vem sofrendo diversas transformações devido aos megaeventos esportivos que estão por vir. Como conseqüência imediata, há por parte do governo a política de remoção das favelas, como a do Horto, a Indiana, a da CCPL, a do Metrô, a Vila Autódromo, entre outras.
As justificativas usadas pelo poder público para tal política são várias: o fato de determinadas comunidades estarem em locais de risco de deslizamento ou inundação; em áreas de proteção ambiental; ou em espaços que deverão ser destinados a investimentos públicos e privados. Mas, a definição de “áreas de risco”, usada normalmente como justificativa para as remoções, é muito vaga e pode ser aplicada a diversos lugares, conforme os interesses do governo. Além disso, existem outras soluções que podem ser implementadas para áreas de risco, que não a remoção.
Vale acrescentar que as remoções são feitas de forma violenta, obrigando os moradores a serem deslocados para longe das suas famílias, escolas e trabalhos. Não resta dúvidas de que as remoções servem a um único interesse: segregar a cidade, removendo a parcela mais carente da população para áreas afastadas do centro econômico da cidade, garantindo assim a "tranquilidade" dos moradores de área nobre do Rio de Janeiro, da classe alta que não quer ouvir vozes contrárias aos seus interesses.
O que você faria se descobrisse que a sua comunidade vai ser removida?